6.5.09

O Feio è belo ( espero que essas reflexões nãos sejam chatas para o blog)












]
]O feio é Belo


Eram realmente 30 os passos que julgávamos necessários para realizar uma conspiração na literatura e na arte brasileira em geral. Mas como já se tornou notório nós perdemos o tal manifesto. Naldo Marquez crê, em bem pode ser verdade, que o manifesto foi fumado em um enorme cigarrão. Estaria bem afinado ao espírito de nossa trupe naquele período. Mas puxando da memória eu lembro de alguns passos, os que foram propostos por mim e os propostos por meus amigos conspiradores. Creio que me lembro deles pela razão de eu realmente ter incorporado-os a minha escrita, tanto no que fiz no movimento quanto o que produzi pós movimento. Então já que não tenho visto ninguém daqueles que compuseram o movimento dando a cara a tapa aqui, eu vou buscar devagar ir aprofundando minhas impressões dos tais passos.

Começarei pelo “O Feio é Belo”. Foi eu que propus esse passo, e ele realmente não foi entendido por todos os participantes na época. Tive que explicá-lo bem umas 10 vezes a alguns. O que quis dizer na época e não mudou muito do que penso hoje é o seguinte:

Quando digo que o feio é belo é apenas uma provocação para causar impacto e atenção para uma afirmação que está velada por traz da frase. Na verdade o que pretendia dizer, e foi endossado por meus amigos, é que não existe o feio. Não realmente não ha a ‘feiúra”. Eu partia da afirmação de uma tendência filosófica contemporânea que apresenta o contrario de beleza não como algo feio mas como algo insignificante. Esteticamente eu dava o exemplo das obras de Picasso, há ali um rompimento com ideal de beleza renascentista...para alguns, na época muitos, era algo horrível de mal gosto o que Picasso fazia, mas quanta beleza há em suas obras, quanta emoção e sensibilidade. A maneira como Picasso desconstrói as formas femininas ou mesmo as masculinas e inanimadas e faz delas algo novo, algo enigmáticos. Quantos quadros são pintados de forma tradicional, retratando paisagens e ninguém dá a mínima, não tem valor artístico...são insignificantes, não são belos. O que Picasso criou é belo. Tem significado, ganhou um lugar no tempo e no espaço. Era isso que esteticamente eu queria dizer com o feio é belo. Filosoficamente era ainda mais sentida uma aguda percepção da subjetividade da beleza. Beleza em si não existe. Ela é uma produção social e psicológica de cada individuo que em menor ou maior grau é influenciado pelo seu meio. Em um tempo o belo era mulheres gordinhas, gostosissimasa meu ver, e agora se apregoa mulheres cadavéricas como exemplo de beleza! A proposta tanto plástica quanto em literatura era realmente romper preconceitos estéticos e filosófico presentes na arte brasileira e que nós achávamos que não tinham, e ainda esta assim, sido vencidos pelas vanguardas nacionais...Tanto semana de 22 quanto tropicália ou outras coisitas...é um assunto denso para ir m ais alem no Orkut vc não acha? Vou parar por aqui.

Ex: Arnaldo em seus primeiros livros de poemas aplicou muito esteticamente bem esse passo e Arildo com o seu aclamado “Vanda” , que foi uma das primeiras produções do movimento, mostrou isso de forma mais filosófica e com fino acabamento intelectual. Eu de minha parte busquei dar enfoque a esse passo na epopéia as avessas “Abhonep”.

(Interaja com Victor Viana no Orkut essa reflexão está na Comunidade “A Nova Ordem era a desordem “ Que esta no perfil do Curinga de Búzios. Entra no Orkut, clica em amigos e procura
“O Curinga de Búzios” fica amigo da gente lá no Orkut e entra na comunidade para debater sobre esse movimento. Esperamos por você!!! )

Nenhum comentário:

Postar um comentário