27.2.15

Búzios: Caverna!



Se você chegar em Búzios e perguntar por Donizete ninguém conhece, mas se disser Caverna será difícil que alguém não te aponte um restaurante com esse nome, onde poderá achar o proprietário que também atende pelo mesmo  apelido.

Por Victor Viana 

Eu sempre sonhei vir morar em Búzios. Eu era muito rico porque tinha uma cadeia de lojas de discos, a 'Pro-Som', a maior de todo o oeste mineiro. Mas eu quebrei porque na vida de cachaçada que levava não achei que esse negócio de CD ia pegar. Eu só vendia vinil. Quando decidi que iria morar em Búzios dei um mergulho no asfalto para comemorar. Me machuquei todo",  me disse Caverna em entrevista para o Jornal O Perú Molhado certa vez.
Ele também me revelou como é rigoroso o processo de seleção para trabalhar em seu restaurante: "Se preciso de cozinheiro ou de ajudante, o que seja, eu ponho um cartaz na porta. A pessoa vem aqui e  diz que é chefe de cozinha eu assino a carteira no mesmo dia e ponho pra trabalhar. Não peço currículo porque não acredito em currículo. Não tem esse negócio de experiência não. Passou dois argentinos aqui e disseram que eram chefes de cozinha, colocamos eles e nem um ovo sabiam fritar (rindo). Ficaram três dias e não voltaram nem para receber". Perguntado se esse método é funcional, Caverna comenta: "De cada cem que a gente contrata fica uns dois. Garçom não existe aqui".

" Se eu pego esse tal de destino eu arrebento a boca dele" 

A comida no Restaurante do Caverna é muito boa, está entre as melhores de Búzios, mas a cerveja é cara e quente. Por que? O próprio Caverna explica: " Uma das coisas que mais tive problema em Minas foi garçom ladrão, cerveja gelada e música ao vivo. Nunca mais teremos essas três coisas. A cerveja aqui é cara e quente, nem eu tenho coragem de beber. Por que? Porque eu não quero um cliente igual a mim, que fica bebendo o dia inteiro aqui uai (risos). Garçom também não quero nunca mais. Aqui você pesa e você mesmo leva pra mesa. Aqui também a mesa não tem forro, evito tudo que dê muito trabalho. Se tiver forro na mesa e o cliente ver uma manchinha vai pedir para trocar. Esses dias alguém perguntou sobre a nossa carta de vinho e eu disse que nunca ouvi falar disso. Caipirinha eu digo logo que a gente não sabe fazer. A pessoa vem almoça e vai embora feliz com a comida e com o suco, o refrigerante. Aquele negócio da pessoa chegar e ficar o dia inteiro, igual eu fico no Bar do Sossego, não quero. A pessoa chega aqui toma essa cerveja que eu vendo aqui e não pede outra, é cara e quente (risadas)".

O Restaurante do Caverna serve comida mineira e seu proprietário agora estuda com disciplina para realizar um sonho de menino, ser ator.

" Meu sonho mesmo é aparecer na Globo, só isso", disse feliz.

O Restaurante do Caverna fica na Rua José Manoel de Carvalho, 50, Búzios, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 


26.2.15

O mapa interativo inédito no Brasil será lançado em Búzios

Será lançado no próximo dia 5 de março um mapa interativo de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, que ficará disponível na internet. O lançamento será às 19h no Hotel Atlântico Búzios. No site curtabuzios.com haverá informações sobre diversos serviços oferecidos na cidade.

“No curtabuzios.com o turista e também o morador de Búzios poderão pesquisar restaurantes, pousadas, serviços, eventos, e montar o seu próprio roteiro”, afirma o diretor executivo do Búzios Convention & Vistors Bureau (BCVB), Cristiano Marques.
Serviço poderá ser acessado por tablets e


O publicitário Flavio Bordalo, da agência Oly Prepar, responsável pelas ações de marketing do BCVB, acredita que o mapa interativo é um presente para a cidade.
“É a única ferramenta que vai concentrar todas as datas de tudo  que acontece em Búzios durante o ano. O  usuário do mapa  poderá entrar em só local, o curtabuzios.com, e lá ter acesso a tudo que há em Búzios”.


O mapa pode ser acessado tanto em desktop, smarthphone e tablets. O encontro no Hotel Atlântico Búzios será aberto ao público.

22.2.15

Búzios: Entrevista com o governador Pezão.


Acabou de ser publicada em " O Perú Molhado" entrevista que fiz - junto ao jornalista Hamber Carvalho, com o governador Luiz Fernando Pezão, que ao responder nossa pergunta; se usaria a água da represa de Jurtunaiba - que abastece ‪ Búzios , onde moro, para atender à crescente demanda hídrica da região do entorno do COMPERJ, empreendimento da Petrobrás instalado no município de Itaboraí, ele afirmou que a única represa que pretende construir é em Cachoeiras de Macacu, onde eu nasci.

 Isso me fez lembrar que na década de 80 o combatente Pe. Joaquim liderou a cidade em protestos contra uma barragem no mesmo local, o Guapiaçu. O que levou aos protestos foi a constatação que se construída a barragem expulsaria centenas de famílias do campo e resultaria em um déficit de produção agropecuária para o município e áreas da região metropolitana, considerando que a área pretendida para sua implantação alagaria as terras mais férteis da região.

 A represa sendo construída hoje poderia causar um problema ainda maior que na década de 80, já que a produção agrícola de Cachoeiras de Macacu é hoje responsável pelo abastecimento de grandes centros urbanos, como a cidade do Rio de Janeiro. Isso me fez dar uma pesquisada de como andam as opiniões dos meus conterrâneos sobre a construção da barragem e descobri que protestos semelhantes aos da década de 80 estão acontecendo na cidade e que, inclusive, recebem o apoio do saudoso padre.

 Além de toda a questão social, política e editorial que leva a juntar esses fatos, há também a força da história, que é cíclica e junta pedaços de nós mesmos sem que estejamos esperando.

A baixo o trecho da entrevista em que Pezão responde a pergunta sobre a Região dos Lagos com a afirmação sobre Cachoeiras de Macacu: 


" A grande imprensa do Rio de janeiro alardeou na semana passada sobre a possibilidade de ser feita a transposição de água da Lagoa de Juturnaiba para abastecer os municípios de São Gonçalo e Itaboraí. Juturnaiba está listada nas opções do Estado para abastecer estes ou outros municípios?

Pezão: No momento, a barragem do Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, é a única represa que pretendemos construir."


Leia a entrevista na integra   www.issuu.com/operumolhado/docs/1234/6