4.8.09

Carecas azuis do Blue Man Group trazem rock e até samba ao Brasil


Trio nova-iorquino se apresenta em São Paulo e no Rio em setembro.
Espetáculo mistura performances com música, teatro, circo, pintura e vídeo.





Os homens azuis estão de volta ao Brasil. Formado em Nova York por três amigos no final dos anos 80, o The Blue Man Group está no país para uma série de apresentações que unem música, teatro, vídeo, pintura e circo. Batizada de “Megastar World Tour”, a turnê passa pelo Credicard Hall, em São Paulo, de 2 a 13 de setembro, e pelo Citibank Hall, no Rio de Janeiro, de 16 a 20 do mesmo mês. Os ingressos estão à venda.

Em suas performances por aqui, o colorido trio de homens calvos traz sua atitude irreverente e altas doses de música. A ideia, segundo o diretor artístico da apresentação explicou, em entrevista coletiva realizada nesta segunda (3) no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, é reproduzir a experiência de um show de rock. A trilha sonora do espetáculo, portanto, vai de Sex Pistols a The Who, passando por The Clash e Led Zeppelin.

Acompanhada por uma banda e pelos cantores Adrian Hartley e Phil Maniaci, a trupe obtém os sons por meio de instrumentos musicais inusitados, como tubos de PVC, antenas de fibra de vidro, cítaras, pianos desmontados e até cuíca. Elementos de samba, aliás, podem aparecer nos espetáculos do grupo no Brasil.

“Conhecemos a [escola de samba] Mocidade Alegre e foi chocante, inacreditável”, diz o diretor artístico Michael Quinn. “Não dá para ser percussionista sem ter algum tipo de influência latina. Acho que vamos tentar acrescentar samba ao show. É engraçado porque todo mundo nesse país toca percussão. Nos Estados Unidos pouca gente toca.”

Para ele, o maior desafio na criação do show foi encontrar uma linguagem universal “para que todo mundo entendesse e gostasse, e não apenas reproduzir um espetáculo americano”.

A cor azul foi escolhida por ser neutra. “Cada cor tem uma conotação diferente. Vermelho significa raiva; verde remete aos extraterrestres. Já o azul é uma cor calma. O tom que usamos é o azul Klein, criado pelo pintor francês Yves Klein (1928-1962).”

“Nos shows, há uma mistura interessante de música tribal, rock and roll e punk rock. Isso me agrada bastante”, acrescenta Jeff Turlik, diretor musical do espetáculo. “Adoro a parte cômica também. Os Blue Men são brincalhões e sempre imprevisíveis.”

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