Influencia de Pinky Floyd? Talvez...
O Praião de Barra de São João ao entardecer com a ilha 30 rés ao fundo |
A vida é cheia de fases, acho que todos concordam. Houve um tempo em que eu respirava Pinky Floyd, mas junto a ao som dessa grande banda eu também lia um catatal de livros viajantes, entre filosofia quântica, religiões do oriente e qualquer outro tralalá encadernado em formato de livro. Até montamos um grupo de estudos - falávamos de tudo e até fizemos algumas ações sociais- tinha o pomposo nome de "Gran Ordem dos Sedentos por saber" kkkkkkkkkkk, mas era uma brincadeira apenas. Tanto era brincadeira que depois sobre nos mesmos nos chamávamos de "Gran Ordem dos desbravadores de porra nenhuma". Debatíamos muitos assuntos sérios e profundos, mas no fim a conversa sempre era sobre mulher. Eramos garotos e contávamos algumas vantagens uns para os outros. Normal.
Mas fiz essa introdução só para contar sobre o grande sonho que tive nesse época, preciso abrir um parentese para lembrar que meu livro 'O menino do guarda chuva', primeiro foi uma viagem que tive nessa época. Mas isso também envolvia algumas substancias na mente que não eram propriamente o Pinky Floyd. Mas vamos ao sonho!
Eu estava morando sozinho nessa época - acho que tinha 17 ou 18 anos- lá em minha terra natal. Tinha cansado de morar com minha mãe e fui morar com meu pai, mas ele começou a trabalhar em outro estado e eu fiquei sozinho. Eu tinha chegado do trabalho - fui enfermeiro particular de idosos- e já era bem tarde, adormeci vestindo o uniforme branco. Acordei de bermudão florido e camiseta branca - eu ainda me visto assim- e fui andando por Barra de São João. Vindo pela rua principal de acesso a praia - onde passa o bloco dos Gaviões ou das Piranhas- cheguei a um banco de praça que há no calçadão e me sentei de frente para o mar - na época tinha um banco virado para o mar - e fiquei olhando o horizonte. De repente o sol caiu do céu! Desceu com tudo afundando a linha do horizonte, de forma que o mar afundou em uma curva também, e se fez noite em segundos. O céu ficou cravejado de estrelas e uma lua das maiores que já vi. Houve uma rápida mudança atmosférica também, esfriou um pouco. Mas isso foi questão de segundos. Tão rápido quanto o sol caiu ele foi arremessado de volta ao céu pela resiliência da linha do horizonte. Assim o dia retornou veloz explodindo em cores! Em tudo clareou, trazendo o calor de volta.
Acordei suado a beça - Cachoeiras de Macacu é bem quente- fiquei ainda um tempo meio atordoado sem saber se tinha sonhado ou não. Me levantei - já era outro dia e eu estava de folga- e fui chamar uns amigos para dar uns mergulhos na Cachoeira do Salto. No caminho contei o sonho que nunca esqueci e que conto a minha mulher e amigos até hoje.
Victor Viana @VianaBuzios - Jornalistas, Escritor, Problogger
No vídeo um pouco da viagem Pinky Floyd
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