2.8.13

Via de Regra. Sexo, drogas e jornalismo.

Preâmbulo

Quem é Ângela Diniz ?

Marcos não suportava mais a pressão. Ela, Joana, era a copdesk, seus textos tinham de passar por ela antes, e não sabia mais o que fazer. Olhou a data no jornal, vindo do Rio de Janeiro por Mala Direta, sobre a mesa, 31 de dezembro de 1976. Manchete: “Ângela Diniz é assassinada em Búzios”. Não sabia quem era Ângela Diniz e pouco sabia sobre Búzios, sabia que na macumba se usam conchas com esse nome para se prever o futuro, não tinha certeza. Joana o olhava com ar de arrogância, estava ele mais uma vez parado diante daquela mulher de um metro e oitenta e três de altura, que do ângulo da baixa estatura de Marcos parecia uma mulher com mais de 15 quilômetros de pernas, ria quando pensava nisso. Mais uma vez despertou de uma das muitas “viagensinhas” de sua mente. 

Joana ainda olhava com olhar arrogante aquele repórter desengonçado com folhas amassadas nas mãos. Pegou da mão dele e se virou. Colocou os papeis sobre a mesa e arqueou o corpo para frente, seu traseiro, para ser mais polido, foi projetado para traz. A minissaia apertada denunciou as formas até então escondidas aos olhos de Marcos. Estava perdido observando a moça quando essa se virou, balançou os cabelos em um gesto global de cabeça, e disse: “Via de regra? Via de regra? Assim Não dá! “, berrou e calou ao ter seu olhar deslizado abaixo da cintura de Marcos. O volume em sua calça a calou mesmo. 

Há quanto tempo trabalhavam juntos naquela redação fria de Porto Alegre? Houve um momento de denuncia de sentimentos e desejos escondidos ou mesmo nunca codificados. Virou-se novamente repetiu a posição inicial, dessa vez levantou com mais vontade, sem pensar, buscou de propósito não pensar, como fazem as galinhas para despertar o interesse do galo. A mente de Marcos não deu nenhum voo rasante, daquela vez e ele seguiu a regra daquela via.

Leia mais capítulos em breve.

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