13.9.10

Depois de 24 anos termina a saga do Rio Fanzine - O tempo não para!



Quarta feira passada o um dos melhores encartes do Jornal “O Globo” finalizou sua missão. O Rio Fanzine 1986-2010 . Só agora consegui escrever sobre isso. Na minha adolescência lia Rio Fanzine, como forma de lá nos canfundos do Rio “ Papucai"-cachoeiras de Macacu- onde morava, ficar a atualizado sobre as coisas “mais underground”. Nos últimos tempos tinha perdido muito da qualidade inicial, mas toda perda dói, em especial ao mostrar a nós- parafraseando a Legião, que esteve muito nas paginas do Riofanzine- “Já não somos tão jovens, tãoooo jovens heimmm”. Sob as benções de Ana Maria Bahiana foi um dos primeiros veículos da grande mídia que abria espaço a quebradas mais alternativas. A exatos 24 anos se iniciou essa historia; bem, eu fui leitor da chamada segunda fase. Como esquecer a capa com o Planet Hamp? Caraca, eu tinha gravado um fitinha cassete – o tempo voa- repassado a vários amigos, logo eu era o PHD em Planet, e foi no Rio Fanzine que vi a cara dos malucos, pude entrar em contato com a idéias deles. Eu não tinha internet, nem MTV, lá nos cofundos do Rio eu montei meu próprio Fanzine, era o TJR ( Tribo dos Jovens Revoltados), teve vida curta ,mais se tornou uma tribo, éramos um grupo unidos pela vontade de ser diferente, mas nada alem disso. Bem adolescentes né?! Mas voltemos ao Rio Fanzine. Foi o primeiro espaço grande mídia do O Hapa, Los Hermanos. Por um perioudo– eu me lembro bem- o zine de grande mídia foi fundo no Grunge, e assim eu cheguei no Nivarna – quando todos em papucia só conheciam as novas do Mc Willy e Duda do boreu e alguns axés e forros ( sem preconceitos , mas era somente até onde ia o conhecimento musical e comportamental do lugar). Ah, o tempo, a capa com o Gabriel Pensador, também adolescente, diferente do homem maduro – que um dia vai estar na Academia Brasileira de Letras- tão provocador e nos dando coisas para pensar. Os casacos de capus...rsrsrrsrsrsrs o que dizer? O tempo passa. Política. Cultura de rua, musica alternativa, não havia blogs, blog era algo tipo o som de uma pedra caiando na água ou um peido embaixo da água. Me bateu um saudosismo, vontade de pegar tesoura e cola, montar um zine e distribuir no colégio para a molecada. Esses dias recebi um comentário de uma blogueira mais nova que eu, ela disse: “ Se quiser posso ter ajudar com o LAYOUT , seu blog está meio embaçado, com cara de zine!” , PÔ , aquilo me deu um orgulho: "meu blog tem cara de zine?". Então está na linha certa para uma nova mídia alternativa via web. Saudade.

Victor Viana

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