7.9.10

O escritor Nelson Coelho foi uma espécie de ícone da minha adolescência, teve uma importância enorme para meus amigos, como o Artista plástico e musico Naldo Marquez e o musico Alex PP. Achávamos que tivesse tido importância para o Biólogo e escritor Arildo Guimarães, mas em entrevista a esse Curinga( link ) disse que foi apenas uma leitura divertida, já o cineasta Luiz Maciel disse se lembrar de nossas conversas sobre ele sem muita solenidade. O importante é que depois de mais de dez anos fuçando consegui encontrar o cara. Propus uma entrevista, ele aceitou. Baixei seus livros gratuitos em seu site oficial ( link ) e distribui a mais outros amigos para ajudarem na entrevista ao cara que eu e o Naldo muitas vezes chamamos de mestre.Ele se mostrou solicito e simples, nos impressionou com sua simplicidade. Combinamos que enviaríamos umas perguntas e conforme ele respondesse elaboraríamos mais outrase assim levaríamos a cabo a tão esperada entrevista. Logo na primeira leva de perguntas voltaram apenas algumas respondidas, enviamos novamente e não tivemos reposta. Elaboramos novas perguntas e mais uma vez só algumas forma respondidas enviamos um serie de perguntas feitas pelo Naldo Marquez e nenhuma foi respondida. Bem, vamos lá




“Nelson, você foi correspondente do Jornal do Brasil, escreveu para vários jornais e inclusive foi editor da Grande Revista Senhor. Não acha que faz falta uma revista como ela no mercado? Você ainda atua como jornalista?” eu perguntei e Nelson Respondeu- deixou claro que eu o chamasse de Nelson e não de senhor, como eu havia feito de inicio, o que me encheu de admiração: “- Sempre se pode fazer uma nova revista Senhor, por que não ...Não mais atuo como jornalista. No jornalismo pode-se aprender muito na arte de lidar com as contradições.” Voltaram apenas após essa resposta seguiu-se mais perguntas. Naldo Marquez perguntouNo Livro “Nas pernas do Longo Rio”, foi um exercício literário, apenas uma brincadeira ou realmente a busca por uma inovação consciente?” Resposta econômica de Nelson: - Talvez uma proposta de inovação não intencional. Esmael carolho mandou sua pergunta: Você ainda é Zen Budista” econômico mais uma vez: “Evidente que sim. E recomendo.” Fiz uma pergunta e finalmente Nelson deu sua primeira resposta um pouco mais longa:Há quem considere seus livros surrealistas, eu descordo, mas percebo realmente um pouco da influencia desse movimento em você, mas como você classificaria sua obra?” Resposta:- De acordo. Talvez um pouco de surrealismo, um pouco de Kafka. Mas acho que para evitar o excesso de realismo. A arte literária, a meu ver, deve dar menos ênfase ao tema, ao assunto, que a seu tratamento. Arte literária e' expressão. E' invenção (Pound ). Coisa que o realismo atual parece detestar.” Para fechar a primeira leva de perguntas a Nelson Coelho, coube a Raquel Nascimento perguntar: “Em seus livros há uma forte ênfase na sexualidade, em especial a feminina. A mulher é a sua esfinge?” e Nelson responder: “- Adoro mulher. Seu fascínio maior talvez esteja no fato de ser tão indecifrável quanto a esfinge.” Depois disso enviamos mais uma sdewz ou doze perguntas e Nelson Coelho repsondeu duas, uma minha e outra da Raquel: Aproveitando o Gancho da pergunta do Esmael, eu também queria perguntar algo relacionado a budismo, zen e outras coisas ligadas a religiosidade. Eu sou católico de formação ( Já fui inclusive seminarista e missionário leigo ), mas dês de quando li o “Nas Pernas do Longo Rio” em 1999 pratico o zen indisciplinadamente e agora tenho tentado ir mais fundo, mas ainda creio e me pauto na vida como cristão, a minha pergunta é: Você vê possibilidade de avançar no zen crendo em um Deus pessoal, que é o meu caso, ou uma vida zen só ocorre em plenitude realmente sendo budista?” Resposta:

Tanto o Taoísmo como o Budismo são religiões. Mas o Zen se desenvolveu a

partir de ambos como uma filosofia pratica de vida. O Yin, Yang e Tao - digamos tese,antítese e síntese 'e a fonte básica do Zen. O praticante do Zen não se apega ao dualismo. Nem somente yin, nem somente yang. Também não pratica o apego ao Monismo onde tanto Yin com Yang se dissolvem no Tao. O Zen e' uma pratica, em todos os ágoras, da dinâmica dos opostos. E' a vivencia duma energia vital, sabia, que já' esta' em nos antes do apego a monismos ou dualismos. Atenção descontraída. Descontração afirmativa. Em todos os agoras.” (Veja o novo livro de Nelson Coelho sobre o assunto ) .

“Que importância você dá a semana de 22, e te influenciou de alguma forma? Acompanha algum escritor jovem de hoje? Vê alguma coisa que te chame a atenção

Conviveu com Clarice Lispector...como ela era como mulher, já que como escritora sabemos? “ perguntou Raquel Nadcimento: Minhas influencias literárias não são diferentes das dos escritores

modernos ate década de 70,quando a arte literária cedeu lugar aos best-sellers não literários. Flaubert, Dostoievsky, Tchekhov, Rilke, Joyce, Proust, Kafka, etc. Você e' uma

jovem escritora, espero. Quanto 'a Clarice, um pouco mais que amigos. Uma bela mulher

em todos os sentidos. E daí para frente Nelson não respondeu mais...

Fico com uma boa lembrança desse breve contato com esse escritor ainda tão importante para mim, eu envie a ele alguns poemas meus e ele me deu essa resposta: " Gostei do que li, versos rápidos, emoções rápidas, imagens rápidas. Muito bom!"


Mais sobre Nelson Coelhos:


Escritores que opinaram sobre a ficção de Nelson Coelho: Clarice Lispector, Sérgio Milliet, Autran Dourado, Cassiano Ricardo, Salim Miguel, Hélio Pólvora, Reynaldo Jardim, Jorge Mautner, Luis Carlos Lisboa, Lygia Fagundes Telles, Fábio Lucas, Wilson Martins, Adolfo Casais Monteiro, Dalton Trevisan, Aníbal Machado, Paulo Bonfim, Patrícia Galvão, Décio de Almeida Prado, Ignácio Loyola Brandão, Antônio Houaiss.


Nelson coelho tem 14 livros publicados. Cursou por dois anos Literatura Comparada na New York University

site pessoal do autor, onde se pode abixar gratuitamente seus livros: http://www.nelsoncoelholiteratura.com.br/

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