9.10.09

Cursos aprovado pelo Mec via internet










Para especialistas,learning é uma opção para reduzir o déficit de profissionais de TI no mercado nacional. Hoje, o número de ofertas de emprego é maior que o de candidatos, pela carência de mão-de-obra qualificada. As empresas querem talentos que tenham curso superior, experiência, domínio em determinadas tecnologias e pelo menos dois idiomas. O inglês já não é mais uma exigência, mas obrigação para quem quer crescer no setor.

Em razão disso, a Seed (Secretaria de Educação a Distância), órgão do governo federal ligado ao MEC (Ministério de Educação e Cultura) que controla o e-learning no Brasil, constatou um aumento no número de alunos e instituições que aderiram a esse método no País. Entre 2005 e 2006 o número de estudantes matriculados em cursos dentro dessa modalidade em escolas autorizadas pelo sistema de ensino cresceu 54%, passando de 504.204 para 778.458 pessoas.

O número de instituições credenciadas ou com cursos autorizados também registrou expansão. Em 2004, eram 166 instituições. No ano passado eram 225, com aumento de 36%, segundo dados da versão de 2007 do Abraed (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância) publicado pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).

Essas estatísticas são apenas de instituições de ensino autorizadas pelo MEC e incluem cursos técnicos, graduação e de extensão universitárias. Há muitos outros oferecidos pelo mercado que não são credenciados pelo órgão, como é o caso de alguns MBAs e especializações. Os cursos de mestrado e doutorado ainda não receberam sinal verde do governo federal para serem ministrados à distância.

Algumas universidades têm permissão para ministrar especializações na pós-graduação. Porém, o credenciamento vale apenas para cursos em nível de Lato Sensu. O mestrado em Stricto Senso, que dá ao profissional o direito de ministrar cursos superiores ainda está sendo avaliado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), agência de fomento à pesquisa brasileira ligada ao MEC e que atua na expansão e consolidação dos cursos de mestrado e doutorado.

Escolha do curso de e-learning

O Brasil ainda não oferece cursos 100% à distância, como já acontece em universidades dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Inglaterra, Alemanha, Índia e Paquistão. Pela regulamentação do MEC, todos os programas exigem avaliações presenciais. Entretanto, fica a critério das escolas estabelecerem o tempo que os alunos devem freqüentar suas instalações físicas. É por isso, que o órgão só credencia instituições que comprovam a existência de infra-estrutura para atender os estudantes.

Algumas faculdades exigem que os alunos compareçam apenas para fazer as provas, outras determinam que 30% da carga horária deve ser cursada em um unidade física e 70% podem ser a distância. “As instituições têm autonomia para estabelecer o que o aluno precisa cursar presencialmente”, afirma Carlos Eduardo Bielcshowski, secretário da Seed. “O que elas são obrigadas é oferecer um centro de apoio com biblioteca e infra-estrutura para os estudantes realizarem suas atividades reforçar o aprendizado”, diz.

Para João Roberto Moreira Alves, diretor da Abed, os cursos a distância não perdem em nada para os tradicionais. O aprendizado é, segundo ele, às vezes melhor do que os que estão fazendo aulas em salas físicas. De acordo com o especialista, um dos motivos para isso, é que geralmente os estudantes que optam por esse método são mais maduros e levam o curso mais a sério. “Muitos optam pelo e-learning para manter-se empregados. Eles precisam se atualizar para não ficarem defasados e acabam buscando especializações por esse método”.

As aulas a distância também são mais elaboradas, segundo o especialista da Abed. Elas permitem ao aluno rever a matéria quantas vezes quiser, o que não acontece quando ele está na sala de aula. “Nas aulas tradicionais, quando o estudante falta ou perde a explicação do professor, ele tenta recuperar o conteúdo com algum colega, mas raramente não consegue pegar tudo”, pondera Alves.

Outra vantagem do método, segundo ele, é que os profissionais podem buscar cursos para aperfeiçoar sua carreira no horário que quiserem, inclusive em instituições fora de sua cidade, sem ter de sair de casa. Basta ter um computador e banda larga para acessar as aulas de qualquer lugar e horário.

Apesar desses benefícios, Alves aconselha os que querem estudar a distância a fazer análise criteriosa dos cursos e instituições antes de investir nesse método. O ideal é que eles se matriculem em universidades e faculdades credenciadas pelo MEC para que o diploma seja aceito pelo mercado. Caso o curso escolhido não seja autorizado, mas a instituição tenha um nome reconhecido que possa valorizar sua carreira, fica a critério do aluno avaliar os ganhos, como é o caso dos programas feitos em universidades estrangeiras.

Algumas instituições ministram cursos profissionais que não têm o reconhecimento do MEC, mas que são valorizados pelas empresas. Eles enriquecem os currículos e somam pontos para os candidatos em processos de seleção, observa Alves.

Controle de fraudes

Além de ofereceram infra-estrutura física para atividades presenciais, as instituições também precisam controlar o acesso dos alunos aos cursos para saber se quem está fazendo as aulas são eles mesmos. O diretor da Abed e o secretário da Seed dizem que as possibilidades de fraudes no e-learning são as mesmas dos métodos tradicionais. Porém, na Internet há vários mecanismos para coibir esse tipo de crime com uso da certificação digital e recursos de biometria que reconhecem os estudantes por suas características físicas, como imagem da face e voz.

Para orientar os profissionais de TI que querem aperfeiçoar sua carreira pelo ensino a distância, a reportagem do WNews fez um levantamento junto ao MEC de cursos e instituições que oferecem cursos de e-learning de graduação e pós-graduação. Confira a seguir:

Graduação aprovadada pelo MEC

• Análise e Desenvolvimento de Sistemas – Univali
• Bacharelado em Sistemas de Informação - Unis
• Bacharelado em Sistemas de Informação – UFSCar
• Graduação Tecnológica – Fatec
• Gestão de Sistemas de Informação – Unip
• Licenciatura em Computação – Claretiano
• Sistemas de Informação – Unisa
• Tecnologia em Gestão Comercial – Unijui
• Tecnologia em Gestão da Informação – Unit
• Tecnologia em Gestão de Pequenas e Médias Empresas – Uniderp
• Tecnologia em Sistemas de Computação – Cederj
• Tecnologia em Análises e Desenvolvimento de Sistemas – Unitins
• Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação – Unisul
• Tecnologia em Multimídia Digital – Unisul
• Tecnologia em Web Designs e Programação – Unisul

Pós-graduação Lato Sensu aprovada pelo MEC

• Administração de Sistemas de Informação – Ufla
• Adminsitração em Redes Linux – Ufla
• Comunicação e Mídias Digitais – Unip
• Desenvolvimento e Gerência de Projetos para Web – Unilins
• Engenharia de Sistemas – Esab
• Gestão das Tecnologias de TI e da Comunicação em Educação – PUC-RS
• Gestão de Segurança da Informação – Senai-SC
• Getão de Sistemas da Informação – Metodista
• Getão de Sistema da Informação – Uniderp
• Gestão de Telecomunicações – Esab
• Gestão e Inovação tecnológica na Construção Civil – Unesc
• Gestão Estratégica de TI e Sistemas de Informação – PUC – Campinas
• Governança de TI – Senac Nacional
• Informática em Educação – UFGRS
• MBA em Gerenciamento de Projetos a Distância – FGV – RJ
• MBA em Gestão de TI – Unis
• Melhoria de Processos de Software – Ufla
• Produção de Software Livre – Ufla
• Redes de Computadores – Esab
• Tecnologia da Informação e Gestão do Conhecimento – Unip

Outros cursos sem aprovação do MEC

- Direito Digital: Gestão do Risco Eletrônico – Curso livre oferecido pelo Senc-SP – com duração de 60 horas, com aulas 100% a distância. Informações: www.sp.senac.br

- MBA em negócios e cursos de Tecnólogos em Processos Gerenciais, Superior de Tecnologia em Marketing; Superior de Tecnologia em Gestão Comercial e Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo – Unisanta

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