28.2.11

Pelo ensino obrigatório da historia local! Uma idéia em rascunho de se privilegiar a memória do próprio povo.

Dona Eva centenária moradora do quilombo da Rasa - Maria Joaquina- ( Foto de Naldinho Lorenço)  




Quando adolescente fiz parte de um grupo de estudos na minha cidade natal – Cachoeiras de Macacu- e  montamos um grupo  de ação social. Entre outras atividades tivemos uma idéia que ainda considero muito interessante:  Nós procuramos levantar a memória de grandes cidadãos  do nosso bairro para com isso fazer uma espécie  lista de referencias para a comunidade.  Isso poderia ser usado pelas escolas, igrejas e outras instituições. Dessa forma não deixaríamos  que a memória de pessoas importantes para a historia do bairro  se perde-se.  Perguntamos aos mais velhos, tentamos ter acesso a documentos de cartórios e prefeitura, mas por nossa pouca idade- penso eu- não fomos levados a serio.  È claro que éramos bem amadores. Mas com esse grupo conseguimos  forjar uma movimentação de descontentamento da população de um área bem pobre  de lá que fez com que depois de décadas chega-se a água encanada e algum saneamento básico. O grupo não foi adiante por lá ser terra de coronéis e pistoleiros. Se tivéssemos continuado não teríamos atravessado a adolescência, eu não teria tido filhos, publicado um livro e plantado arvores.  

Mas acho que idéia serviria muito bem para Búzios e para outras localidades da Região dos Lagos.  È uma ação simples que não se precisa estar – a princípio ao menos-  organizada juridicamente para acontecer. Basta que grupos se formem com esse objetivo  de forma exponencial  pela região e depois sim se entregue esse material  como proposta a câmara de vereadores para que se vote como lei o ensino obrigatório e contando para “passar de ano” de história  local.              
O passo mais importante é que isso seja feito de forma que agregue a população local que gostará de saber que pessoas que foram ligadas a elas farão parte do registro.  Pois devera-se recolher assinaturas e coisas do gênero para que isso seja usado como pressão sobre o poder publico.

Essa é uma idéia em rascunho, pode ser melhorada e adaptada a cada lugar. Só acredito que para ser legitima tem de iniciar-se primeiro em meio ao povo.  Não pode ser um grupo  de notáveis que se junte e decida quem faz parte da historia e quem não faz.

VictorViana @VianaBuzios

Veja mais fotos de Dona Eva por Naldinho Lourenço em http://www.flickr.com/photos/naldinholourenco/4592995217/lightbox/

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