3.1.13

Nova Era: Entrevista com o Mahatma Sani por Macaco Martelo


Fomos até a Índia e falamos com o maior mestre espiritual da atualidade. 

A cara do repórter no momento em que levou um soco no estomago 
Quando eu e o repórter fotográfico, o boliviano Ernesto Bolonho e repórter Victor Viana um, pisamos na imemorial Índia não sentimos nenhuma paz ou coisas do gênero. Fazia um calor do inferno e nossos cabelos ficaram grudados na face e nossos olhos se esbugalharam.  No aeroporto de Bombaim – capital indiana - nos esperava um velho careca sem um dente na boca, ele se chamava Bondhir Arabadhur muthuaar bondisiadharta, resolvemos chama-lo de Jorge, era mais fácil e familiar.  Ele nos saudou com o tradicional Namastê  saído como um peido de sua boca mole pela já citada carência de dentes.  Pusemos nossas malas no carango velho e partimos para o nordeste da Índia, sendo mais exata a Aldeia de Shiva Nestle.  Lá era onde iríamos ser a primeira equipe de reportagem a registrar o mítico ashram  - lugar de retiro  espiritual -  do mestre Asniburgabradanribuoner, mas conhecido como Mahatma Asni, apenas.

A entrada o Ashram 
Depois de 10 horas , sem permissão de parada até mesmo para  nossas  necessidades fisiológicas, mijavamos de dentro do carro em movimento pelo caminho a fora como se fossemos cães a marcar a estrada com nosso mijo ocidental.  Atravessamos desertos que em alguns momentos mostrava algumas habitações miseráveis e ao fim descortinou-se aos nossos olhos o Vale de Krishna, encravado entre as montanhas, nele um vilarejo de apenas 56 casas que nem mesmo nome tinha. Ao fim a porteira do ashram.

Descemos do carro e ao pisar o chão senti como se fosse desmaiar tamanha minha desidratação. Caminhei cinco passos e então fui tomado por uma indescritível necessidade de tomar um banho. Havia poeira como pequenos blocos de tijolos dentro das minhas narinas e também dentro dos meus tênis All Star, que pus somente para tirar onda de americano.

Um grupo de jovens indianos vestidos com pouquíssimas roupas nos recebeu com brancos sorrisos, mesmo que alguns dentes também faltassem, e nos indicaram o caminho com simplicidade.  No quarto de chão batido e telhado de palha ficamos surpresos com a existência de TV a cabo, not book com internet banda larga, tablet e um quadro com uma foto das Cataratas do Iguaçu  na parede de bambu e barro. Fora esses itens tecnológicos não havia mais nada alem de uma esteira de palha, uma vasilha – parecida com as de cachorro- de barro com água. Havia ao canto, sobre uma pedra grande, um exemplar do Bhagavad-Gita, a Bíblia, o Alcorão, Talmud, as Centúrias de Nostradamus e o Diário de um Mago de Paulo Coelho. 
  
Sentado na penumbra, em buraco no chão onde parecia mais fresco, estava o novo Mahatma.  Uma grande cabeça redonda com fiapos de cabelos grudados na pela tostada de sol, barba branca e ralo e apenas um trapo grosseiro sobre o corpo, que era pele e osso.

Ergui a mão e disse: “Good afternoon master, my name is Victor Viana and this is my friend Ernesto. We are journalists in South America and would like to interview him”.  Ele nos respondeu: “Hola chicos, ya que son feos. Pero en el futuro, lo sé todo acerca de Brasil. El capitald y usted es Buenos Aires y su idioma es el alemán” e continuou :” Son como una bolsa de basura. Seguramente ellos son carnívoros”.  O Mahatma sani coçou sua cabeça imensa e em um movimento rápido socou nossos estômagos de uma só vez. Arrotamos como dois carneiros roucos, daí e diante sentimo-nos muito bem e mais aptos a sorver as palavras do  mahatma.

Macaco Martelo:  Repórter  vindo das selvas editoriais, faz jornalismo gonzo e desengonçado. 

( Fotos do Mahatma na próxima postagem ) 
Continua...

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