Por Victor Viana
Com o codinome
“Jenneffer Favo de Mel” (assim mesmo com o n e o f duplicados), foi à luta e
quando já estava acostumado a labuta árdua na rua, conheceu um jogador de
futebol de renome que lhe prometeu “mundos e fundos”. Na verdade moveu o mundo
para ter os “fundos” de Jenneffer só pra
ele.
Se na TV, revistas
e jornais o futeboleiro profissional tinha fama e pose de pegador espada, nos
bastidores, apaixonado que estava, começava aos poucos a retirar Jenneffer da
“vida” e colocava Calisto bem acomodado em um apê no caríssimo Leblon. Foi
nessa época que ele (o futeboleiro; craque da bola) comprou a casa de Búzios.
"Isso foi mais
ou menos quando deu o primeiro aceno que poderia a vir se envolver com a
política”, contou em tom melancólico Calisto Cascanho, que em seguida revelou
que começava ali sua rotina de solidão.
O Monarca dos
Campos, amante fogoso de outrora, agora o deixava abandonado na Zona Sul do
Rio. Pelas revistas e pelos programas de fofocas Calisto seguia a rotina de
noitadas, carrões, amigos e loiras de coxas lisas e quentes e sorrisos
artificiais nas fotos ao lado de seu amor. “Está na hora de acabar com essa
porra”, decretou em voz alta na sala vazia de uma noite solitária do Leblon. As
7h em ponto, Calisto estava em Búzios. O
craque da bola ainda dormia, assim como o bando de amigos, lambe botas, putas
profissionais e putas apenas por esporte, também dormiam.
O cheiro dos
fluidos sexuais misturados a bafo de álcool, os corpos desnudos e narizes com
resquícios de farinha, provocaram náuseas em Calisto Cascanho que quando
conheceu o futeboleiro, também se chamava Jenneffer Favo de Mel. O Jogador profissional se levantou e foi em direção a
Calisto tentando se explicar e tomou um tapa, ficou dias com cinco dedos
marcados na cara. O amor acabou e no lugar ficou o ódio, mas também uma pensão
(para que Calisto não abra o bico) tão alta que o ex-affair do futeboleiro não precisa nem pisar no chão.
* O nome real foi substituído a pedido da fonte
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